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Livre Mercado... até a Página 2!

  • Foto do escritor: Bruno Lago
    Bruno Lago
  • 30 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de abr. de 2022


Thor é mulher; Hulk é asiático; Capitão América é negro; Mulher-Maravilha é brasileira; Lanterna Verde é gay; Superman é bi.


Pode parecer chocante para alguns, mas isso não é coisa "da esquerda". Isso é capitalismo puro!


O mercado, especialmente o da cultura pop, gosta de diversidade! Por que são legais e querem um mundo melhor?


Não! O motivo é simplesmente lucro. Você que faz parte desse grupo específico se identifica com o personagem principal e compra a revista.


Quando os super-heróis surgiram lá no final dos anos 30 com o pai desse cara aí da foto, eles tinham um público bem específico: homem jovem, americano, branco e hétero. Era esse o público que enxergavam como os consumidores de revistas em quadrinhos.


Mas com o tempo isso foi mudando: pessoas de diversos cantos do mundo passaram a consumir quadrinhos, mulheres, negros e imigrantes começaram a conquistar seus espaços com movimentos civis e hoje mais e mais pessoas estão criando coragem para se assumirem como LGBTQUIA+.


As empresas percebem isso e criam novos personagens para agradar esses novos públicos, assim surgem personagens como Pantera Negra e Mulher-Maravilha.


Muitas vezes, a preferência para colocar essas diversidades é escolher um motivo para o personagem original sair de cena e criar um novo para assumir aquele mesmo manto: Thor mulher é Jane Foster que se provou digna do martelo; Hulk asiático é Amadeus Cho, um antigo amigo de Bruce Banner; o Capitão América negro é Sam Wilson que assumiu o escudo quando Steve decidiu se aposentar; Mulher-Maravilha brasileira é Yara Flor que é de um futuro alternativo; o Lanterna Verde gay é de um universo paralelo chamado Terra 2; o Superman bi é Jon Kent, filho do Superman original com Lois Lane.


Isso acontece por dois motivos: aquele super-herói é uma marca já conhecida então fica mais fácil de deixar destacado e o segundo é porque sabe que vai gerar polêmica. Polêmica significa muita gente falando sobre determinado personagem, determinada revista e assim mais gente fica conhecendo e naturalmente mais gente fica interessada em consumir.


Então, meu caro amigo conservador que detesta diversidade "estragando a sua infância", vou te dar uma dica de ouro: guarde seus preconceitos para você! Se você vai no Twitter para atacar esta ou aquela revista, você estará simplesmente divulgando ela de graça.

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Bruno Lago

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