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Foto do escritorBruno Lago

E Depois de Mon Mothma?

Atualizado: 20 de ago.


Em Star Wars, logo após a queda do Império, Mon Mothma assumiu como chanceler da Nova República.


Assim, ela ficou nesse cargo por um longo tempo até que um dia o mandato dela acabou. No livro Legado de Sangue, fica claro que quando isso aconteceu, o partido dela estava tão acostumado com o carisma dela que ficou completamente perdido, sem saber quem indicar para o próximo mandato.


E eu vejo algo parecido acontecendo com o PT em relação ao Lula. Parece sem nenhum plano de construir um candidato além do Lula. Porém, o atual presidente do Brasil não sentará na cadeira da Presidência para sempre! Se ele for reeleito agora em 2026, o que será do partido depois? Irá construir um candidato próprio ou irá apoiar um candidato de um outro partido?


Honestamente, eu acho dificil que o PT abra mão de uma candidatura própria, o que nos leva ao seguinte problema: não existe ninguém dentro do partido que chegue perto do carisma que o Lula tem. Além de que também precisaria ser alguém que tivesse uma boa lábia para negóciar com o Congresso e não passar pelas dificuldades que a Dilma passou.


O político não vai conquistar a população da noite para o dia! Esse novo candidato precisaria ser construído, o que levaria tempo. Mesmo com o apoio do Lula na Presidência.


Em questão de popularidade, quem chega mais perto e que daria para se pensar como nome seria Haddad (apesar de que mesmo ele ainda está longe). Afinal, ele já foi candidato a Presidência e conseguiu chegar até o segundo turno. Porém, se realmente o partido quiser torná-lo o seu candidato, seria necessária uma dança de cadeiras pra trocá-lo de ministério. A não ser que tenha um milagre econômico, a pessoa que vem com a tabelinha pra dizer quanto dá para gastar e que ainda por cima vem lhe cobrar o imposto não costuma ser muito popular, mesmo sendo necessário.


Por mais que a gente saiba que a reforma tributária seja uma conquista econômica muito grande para o país e que uma boa parte disso tem o dedo do Haddad, na maneira como ele negociou com o Congresso. Não é algo que a população vai perceber, pelo menos não a um curto prazo e talvez nem mesmo coloquem na conta do Haddad.


Então, se o próximo candidato for mesmo Haddad, é preciso pensar numa função um pouco mais popular para ele (afinal, o que se quer é um ministro da Fazenda ou um presidente?). Se não for Haddad, já passou da hora de começar a construir esse candidato.

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Bruno Lago

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