Nos anos 80, as histórias do Superman não estavam vendendo muito bem e a DC decidiu anunciar a sua morte para aumentar as vendas. (sim, nessa época não havia tanto essa preocupação com spoilers)
A saga foi um fenômeno e as histórias passaram a ser protagonizadas por substitutos do herói. Logo a equipe decidiu trazer o Superman de volta a vida no arco conhecido como O Retorno do Superman.
A partir desse momento, virou algo comum dentro do mundo dos quadrinhos matar e depois ressuscitar um super-herói ou outro personagem importante quando as vendas estão baixas. Afinal, você lucra vendendo a morte e lucra de novo com a ressurreição. O problema é que isso foi usado tantas vezes na DC e na Marvel que os leitores pararam de se importar quando um personagem é morto.
Essa banalização da morte não se restringiu apenas aos quadrinhos de super-heróis e passou a se repetir em outras obras da cultura pop como por exemplo Dragon Ball. Lá, o poder de Shenlong em realizar o desejo de quem reúne todas as esferas do dragão é constantemente utilizado para trazer um dos heróis de volta a vida. Os próprios vilões não escapam do poder do roteiro e também voltam a vida depois de algum tempo como aconteceu com Darth Maul e depois com o Imperador em Star Wars.
Com isso, os expectadores param de se preocupar com os personagens, afinal eles se tornaram imortais e sempre voltarão a vida de alguma forma quando sua empresa precisar.
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