O universo que Pullman criou é muito parecido com o nosso mundo, porém com alguns detalhes que chamam a nossa atenção. A primeira dela é que cada humano possuí uma espécie de animal guia chamado daemon. Esses daemons são em geral do sexo oposto ao do humano e só assumem uma forma específica de animal quando se tornam adultos, na fase infantil eles podem se transformar em qualquer animal que eles queiram. A outra diferença é uma influência da religião tanto na educação quanto na política muito maior do que acontece no nosso mundo.
A história da trilogia Fronteiras do Universo está centrada em uma garota chamada Lyra e seu daemon Pantalaimon que moram em uma importante universidade inglesa. Ela viveu a maior parte de sua vida em Oxford, mas havia uma sala que ela era proibida de visitar: a Sala Privativa. Nessa sala misteriosa, havia reuniões entre os catedráticos e as mulheres eram proibidas de entrar, porém naquele dia ela estava vazia e Lyra decidiu entrar para conhecer, mesmo a contragosto de Pantalaimon.
A ideia era sair antes que alguém entrasse, mas eles perceberam que alguém estava entrando e se esconderam debaixo de uma poltrona. O homem que havia entrado era o Mordomo que como todos os demais criados da universidade, possuía um cão como daemon. Junto com ele, veio o Reitor perguntando se o Lorde Asriel já havia chegado. Quando o Mordomo falou que não havia chegado, ele pediu para trazer uma garrafa especial de Tokay para quando o Lorde Asriel chegasse. O Mordomo saiu junto com seu daemon. O Reitor foi até um armário de carvalho para pegar sua beca. Assim que ele terminou de vestir, seu daemon que era uma fêmea de corvo pousou em seu ombro.
Ao garantir que estava sozinho, o Reitor tirou do bolso um papel dobrado e abriu o vinho, depois despejou um pó branco na garrafa e com a sua caneta, mexeu o vinho até dissolver o pó e depois recolocou a rolha e saiu da sala. Era o momento certo para Lyra sair da sala, mas eles escutaram o sino que alguém estava do outro lado da sala. Pantalaimon voou como uma mariposa e checou que era o Administrador. Rapidamente, Lyra entrou no armário e lá ficou agradecendo por não ter ouvido o sino antes, pois assim pode ver que o Reitor havia colocado veneno na bebida do Lorde Asriel.
Lyra começou a ter várias discussões com seu daemon se deveria ou não sair de seu esconderijo para alertar o seu tio que era o Lorde Asriel. No fim, optaram por ficar e ver o que fazer quando chegasse o momento.
Mais tarde, chega o Lorde Asriel com seu daemon que era uma pantera fêmea. Em um momento, ele vai se servir com uma taça de vinho e a sobrinha pula do armário e derruba a taça. Seu tio dá uma bronca nela por estar ali onde ela sabia que não podia e Lyra conta para o tio o que tinha visto. Ele então ordena que ela volte e continue a espionar o Reitor. Depois, o Porteiro entra na sala trazendo um projetor. Lorde Asriel derruba a garrafa de vinho e faz parecer que foi o Porteiro que havia feito isso e pede para ele limpar.
Finalmente, Lyra iria descobrir o que aqueles homens faziam nessa sala misteriosa.