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  • Foto do escritorBruno Lago

Na ficção, vale tudo?


"Você está mesmo querendo que uma série com dragões seja realista?!" Esse tipo de fala é muito comum quando se aponta algum erro dentro de uma franquia de fantasia, ficção científica ou de super-heróis, como se o fato de que por ser uma história que lida com o sobrenatural de alguma forma desse permissão para ser incoerente.

Na verdade, cada uma dessas franquias cria suas próprias regras para o funcionamento de seu universo. Essas regras são deixadas claras para gente ao longo da franquia, inclusive deixando claro os pontos fracos que podem ser explorados. Ao mesmo, em que os personagens precisam ter algo que se relacione com as pessoas que estão assistindo e é isso o que vai mostrar o realismo daquele universo.

Em outras palavras, o que torna uma historia realista é o quanto que os personagens daquele universo se aproximam do nosso universo, assim como a capacidade de deixar regras tão bem estabelecidas que fazem com que os elementos fantásticos pareçam algo natural e cotidiano naquele universo e não somente algum tipo de ferramenta para salvar o roteiro. Não é pra menos que grandes escritores de fantasia e ficção científica geralmente não ficam apenas na história principal e acabam criando todo um universo com culturas e línguas próprias. Tolkien talvez seja o exemplo mais famoso disso, afinal ele começou com uma historinha simples de um jovem hobbit que se une a um grupo de anões para enfrentar um dragão e que depois se expandiu para criar gramáticas próprias para elfos e anões logo no Senhor dos Anéis e ainda mostrou toda a história da Terra-Média antes da Guerra do Anel em Silmarillion.

Então, não estranhe quando olhar para um livro, filme ou série e reclamar que aquilo não faz sentido, mesmo que tenham dragões, fadas ou alienígenas.

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Bruno Lago

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