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  • Foto do escritorBruno Lago

Crítica: O Doutrinador


Vou confessar que não estava levando a menor fé nesse filme, mas ele realmente me surpreendeu.

O filme merece ser visto principalmente por sua coragem em investir nesse gênero tão americano. O personagem é uma espécie de Justiceiro brasileiro, principalmente na sua forma não muito heroica de combater criminosos que na nossa realidade viraram os políticos corruptos. Inclusive a história de origem é praticamente a mesma: o protagonista Miguel tem sua filha baleada e acaba morrendo na fila do hospital. Miguel culpa os políticos pela morte deles, pois na cabeça dele se eles não tivessem desviado dinheiro dos hospitais, ela poderia ter sobrevivido. Isso faz ele buscar uma vingança contra todos os políticos corruptos.

Apesar dessa premissa, não espere ver uma grande crítica politica assim como também não espere que isso seja mostrado como uma apologia a essa ideia de 'bandido bom é bandido morto' que o nosso presidente eleito pareceu defender.

O tempo inteiro você vê algum dos coadjuvantes dizendo para ele que existem formas melhores de combater a corrupção (até mesmo um dos vilões chega a dizer isso para ele em um momento). Se você tentar procurar muita resposta ou muita explicação, você vai acabar se frustrando (recomendo inclusive deixar o cérebro na entrada e só pegar na saída para poder se divertir)

O filme não tem muitas reviravoltas, mas é bom e merece ser visto como o que ele de fato é: uma versão genérica do Justiceiro que se passa no Brasil. O filme não é para ser levado a sério, o que é deixado bem claro no momento em que ele começa a usar a máscara.

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Bruno Lago

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